sexta-feira, 7 de maio de 2010

Só observando...

O conhecimento interior pede o não julgamento. Nos julgamos por idéias introjetadas adquiridas pelo arbítrio da sobrevivência psicológica, o Ego. Que está precisamente fazendo  a sua função, criando estruturas fixas e confiáveis.O problema é que tais estruturas estão no ambiente e no nosso atual estágio evolutivo acreditamos mais no fora do que no de dentro de nós. Aprendemos a nos amar como fomos amados e a fazer escolhas que referendem tal ponto de vista. Nós não existimos por e para nós mesmos. Aliás a idéia de Freud de que o bebê e a criança já possuíam sexualidade sentindo prazer e elaborando estratégias o fez ficar no ostracismo científico da época por cerca de 10 anos. E ainda não pressupomos um espírito complexo se materializando na carne superando limitações e se desenvolvendo. E que encarnou para viver suas experiências, mais uma dentre muitas encarnações. Nesse sentido não somos vítimas inocentes, mas seremos infantis e escravizáveis por não assumir responsabilidade pelas nossas escolhas, delegando o poder divino que está dentro de nós a outro ser que também não sabe nada de Si mesmo. Ficamos então à mercê da vontade e desmandos de outro ser humano. Loucura pura não é mesmo? E isso aí é que chamam de normalidade!
Como julgar o que não conhecemos? Somos todos desfocados porque não valorizamos o que sentimos mas o que os outros vão dizer, não conhecemos nossas forças energéticas e suas funções evolutivas, temos medo de sentir prazer. Sem prazer você fica desencaixado.
Sem consciência, sem prazer, sem sentimento.Só o pensamento e a imaginação imperam fazendo sala para as amebas mentais que é aquilo que a gente acredita que deva sentir. O pensamento dá forma às coisas mas o colorido é dado pelas emoções. Você sabe diferenciar medo de respeito?
Você sabe que alívio não é prazer? Todos os sintomas neuróticos são alívio das tensões e não prazer de viver. Nas psicoses a imaginação tomou conta porque você não cuidou de você, está na terra de ninguém, aonde ninguém tem posse de Si.
Você não é o que você pensa. Você é o que você sente.
Abre, sai da mente. A mente mente e se você não mandar nela, está perdido!

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